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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Carater:o segredo de quem sabe conduzir a criança


O seu trabalho com crianças e adolescentes consiste em conduzi-los com segurança por uma trilha perigosa rumo a uma vida saudável de alegria, vida em comunidade, convivência familiar em amor, relacionamento pessoal com Deus, além de muita vontade de crescer e conquistar novos espaços.

A jornada

Em termos bíblicos poderíamos dizer que a sua missão é conduzir a criança à “terra prometida”. Talvez você não vá com ela por todo o caminho, mas durante o período concedido a você é sua responsabilidade conduzi-la naquela direção.

O problema é que o caminho não é fácil. Há obstáculos e ciladas. Você sabe que crianças são vulneráveis à maldade, violência, negligência e maus-tratos e outros males que infelizmente as rodeiam. O caminho para a terra da promessa pode ser um deserto com todas as suas ameaças.

Moisés, o homem usado por Deus para conduzir o povo do Egito à Palestina, enfrentou desafio semelhante. Durante os quarenta anos em que esteve à frente do povo de Israel, Moisés teve de lidar com falta de comida, falta de água, rebeliões internas, ataques de inimigos, epidemias, terremotos, para mencionar apenas alguns dos inúmeros perigos da travessia.

A bagagem

Para esse tipo de jornada, é essencial que se levem suprimentos, ferramentas, munições. Imagine-se na trilha, conduzindo as crianças com as quais trabalha. O que você leva na mochila? Imagine que o conteúdo da sua mochila inclua sua visão de mundo, as lições aprendidas com suas experiências passadas, suas habilidades naturais, seus hábitos, suas fraquezas e medos, assim como suas vitórias e conquistas. Ou seja, na sua bagagem você traz os traços de caráter que fazem você ser do jeito que é, que orientam o seu comportamento. Daí a pergunta: o que você carrega consigo é útil, essencial para o sucesso da sua missão? Tudo que não for útil representa peso a mais e pode significar também uma ameaça contra a realização da sua missão.

No dia em que Moisés levou 600 mil homens (além das mulheres e crianças) a saírem do Egito rumo à terra prometida, o que ele trazia em sua bagagem? Qual era o seu segredo? Será que ele tinha se curado do trauma decorrente do fato de ter nascido num mundo mau onde imperava o genocídio, a escravidão e todo tipo de violência contra a sua etnia? O ódio contra a injustiça levara-o a cometer um crime. Matara um egípcio. Continuava impetuoso? Continuava arrogante imaginando que poderia fazer justiça com as próprias mãos? E durante os 40 longos anos afastado do seu povo, sendo um forasteiro em terra estranha, em Midiã, teria abandonado a fé no Deus de seus antepassados?

O segredo

O Moisés do êxodo é um homem diferente daquele hebreu criado como príncipe, de 40 anos antes. Continua a ter um espírito de liderança, mas agora é também cauteloso e dependente de Deus. Continua desejoso de ver a justiça, mas agora se submete à hora certa e à maneira certa de Deus. Ele não está de todo curado, sua autoconfianca talvez tenha sido duramente abalada depois de descobrir que era capaz de cometer um crime! Seu sentimento de insignificância funciona como um cajado para que não tropece novamente. Reclama que não sabe falar bem, e Deus provê para ele um colega, Arão, seu próprio irmão, que agirá como seu porta-voz. Ou seja, Deus não exige dele perfeição, apenas mudanças na direção certa.

Moisés é um exemplo claro do que o Apóstolo Paulo experimentou 13 séculos mais tarde: “Pois quando sou fraco é que sou forte” (2Co 12.10).

As experiências anteriores e a forma como as interpretamos moldam e influenciam nossas respostas aos desafios presentes. Não somos isentos das impressões e atitudes que nos marcaram no passado. Por isto corremos o risco de reagir a uma situação presente de forma inapropriada. Porém, podemos acertar justamente porque tivemos uma experiência anterior que nos orienta hoje a tomar a decisão mais sábia.

Qual é o segredo? É examinar tudo sob a luz divina. É rever as experiências e aprender a lição correta. Nem sempre é necessário jogar fora um jeito de ser. Algumas pecarmos por exagero. É deixar que Deus intervenha na nossa história: reinterpretando o passado, guiando o presente e garantindo o nosso futuro. A transformação do nosso caráter é o grande segredo.

Por amor às crianças, que dependem do nosso bom senso e discernimento para que recebam uma boa influência, precisamos examinar esta bagagem, e com a ajuda de Deus reter o que é bom, administrar com moderação nossas qualidades e jogar fora o que não presta!

Uma comparação descabida?

Comparar nossa realidade com a de Moisés é muita ousadia! Ele foi um dos maiores líderes do povo de Israel de todos os tempos. Sobre ele a Bíblia mesma diz: “Nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, com quem o Senhor houvesse tratado face a face” (Dt 34.10).

A ousadia é proposital. Quem sabe assim você percebe a importância da sua missão na vida do “povinho” que Deus confiou a você e a importância dessa gente miúda na sua formação espiritual. Você não verá o Mar Vermelho abrir-se permitindo a passagem do povo em terra seca, mas abrirá caminhos importantes e até incríveis para as crianças com as quais trabalha. Não gastará quarenta anos com cada criança, talvez sua missão se resuma a alguns anos, mas serão anos intensos e intencionalmente gastos na formação moral e espiritual de cada uma delas. Não terá como guia uma nuvem durante o dia e o fogo durante a noite, mas terá ao seu alcance a qualquer hora o conselho do próprio Deus, na pessoa do Espírito Santo.

O importante é que você será a referência espiritual daquela criança, representará a lei de Deus, por bem ou por mal, para ela, afinal foi você quem a conduziu à terra prometida! Você percebe o privilégio desse chamado? Que grande responsabilidade! (E.G.)

Imagem: James Gilbert

Créditos do texto:Revista mãos dadas

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